terça-feira, 28 de julho de 2009
I Am a Home Brewer
Agora, nossos colegas caseiros americanos resolveram se unir às micros e lançaram na terra do Tio Sam o vídeo: "I Am a Home Brewer"(Eu sou um cervejeiro caseiro). Mais modesto(naturalmente) que o primeiro mas igualmente tocante.
Nesse post resolvi colocar o vídeo que está publicado no You Tube para que todos possam curtir também.
Agora lanço o desafio: fazermos o vídeo "We Are Real Brewers" - integrando os "crafters" e os "home"...
Abraço!
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Cerveja-bomba.
Abraços e nos vemos no Workshop em Joinville!
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Big Brew Day ´09
sábado, 20 de setembro de 2008
Caldas da Imperatriz
O fontanário público de Caldas
Coletando a água
Essa água, faço questão de pegar sempre que antecede uma brassagem, ainda que somente para respeitar um ritual, uma vez que poderia estar adquirindo a mesma água no supermercado.
DADOS FÍSICO-QUÍMICOS DA ÁGUA
A água de Caldas, em um primeiro momento, não seria a mais adequada para a produção das cervejas mais claras, por apresentar uma maior quantidade de sais. Alguns desses sais, elevam a "dureza" da água, elevando também o pH. No caso da água de Caldas, o pH na fonte é igual a 6.9.
Entretanto, costumo tratar a água que utilizo em minhas cervejas, ajustando a quantidade de sais e a dureza total para cada estilo, tentando seguir mais fielmente as caracteristicas da água da região onde essas cervejas nasceram ou foram imortalizadas. Por exemplo, a água de Dublin, na Irlanda apresenta altos níveis de dureza total, conferindo alcalinidade à água e tornando ela totalmente não indicada para a produção de Lagers claras, como a Pilsen ou uma Oktoberfestbier. Porém uma Stout, produzida com grande quantidade de maltes e outros cereais torrados acidifica a água, equilibrando o pH, e possibilitando a criação de uma das melhores cervejas do mundo. Não se imaginaria produzir uma Stout com a água "leve" da República Tcheca.
Outro exemplo é a água de com elevados níveis de Sulfatos, própria para a produção de ESBs e IPAs, característica essa própria da região ao sul da Inglaterra, Burton-On-Trent, Londres, etc. Os sulfatos tendem a destacar o amargor do lúpulo, e em conjunto com outros sais, conferem à típica cerveja inglesa, uma característica de sabor e aroma bem peculiar.
Quanto a água de Caldas, mesmo apresentando um pH que tende a ser neutro(6,8-6,9), a quantidade de sais é discreta. Dos principais sais para a produção de cerveja, nenhum se destaca expressivamente. Segue abaixo uma tabela com os dados da água de Caldas em comparação à outras águas de outras regiões do mundo:
Cálcio Sulfato Magnésio Cloreto Sódio Bicarbonato pHCaldas da Imp. 6,7 1,2 1,2 2,7 8,5 40,5 6,9
Fullers(Inglaterra) 268,0 638,0 62,0 36,0 30,0 141,0 7,0
Dublin(Irlanda) 115,0 55,0 4,0 19,0 12,0 200,0 8,0
Pilsen(Rep. Tcheca) 7,0 5,0 2,0 5,0 2,0 15,0 8,0
Munich(Alemanha) 75,0 10,0 20,0 2,0 10,0 200,0 8,0
Os dados, excluindo o pH, são em ppm(partes por milhão) o que corresponde a mg/l.
O assunto envolvendo a água para a fabricação é muito extenso e complexo, uma vez que na composição da cerveja aproximadamente 95% é água, portanto não vou discorrer aqui sobre detalhes mas queria citar uma curosidade que extraí do livro do John Palmer e tem tudo a ver com a questão da água.
O estilo Vienna(lager) foi desenvolvido em meados do séc. 19 em Vienna, Áustria. Nasceu a partir do estilo Märzen/Oktoberfest da Bavária mas foi fortemente influenciada pela recém-criada Pilsen da Bohemia(República Tcheca). Tentando imitar a Pilsen, resultou em uma cerveja ríspida, devido a diferença entre a água das duas regiões. A água local de Vienna possuia níveis de carbonatos maiores que da região da Bohemia, e a utilização de água com maior alcalinidade, sem o respectivo balanço com maltes mais escuros que tragam acidez, provoca uma maior extração de taninos das cascas do malte. Naquela época os cervejeiros não estavam a par desse detalhe, sabiam apenas que produzindo cervejas mais escuras, reduziam os problemas de adstringência. Nascia então a Vienna, na tentativa de produzir uma Lager mais clara e leve, dentro da possibilidades da água que tinham.
Logo trarei alguns detalhes da minha Vienna com pinhão. A Carahá Pinhão Lager.
Boa cerveja a todos!
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
ACervA Catarinense
Primeiro, vou citar a fundação da ACervA Catarinense, ocorrida em 17/05/2008 na Cervejaria da Ilha, Florianópolis. O conceito de ACervA nasceu no Rio de Janeiro como forma de difundir a cultura cervejeira, reunindo em um mesmo espaço "homebrewers" já existentes e estimulando o surgimento de muitos outros. Logo depois essa idéia ganhou força e muitas outras ACervAs (estaduais) foram fundadas tais como a Paulista, a Mineira e a Gaúcha.
Presidente: Marco Aurélio Zimmermann
Vice-Presidente: Raphael Calage Tonera
Diretor Administrativo: Tiago Costa Pinto
Diretor Financeiro: Ricardo Panarotto
Diretor Jurídico: Filipe Costa
Diretores Regionais:
- Vale do Itajaí: Rubens Deeke
- Extremo-oeste: Fabrício Donatti
- Planalto-serrano: Gustavo Brascher
- Meio-oeste: Eduardo Hartmann
Conselho Fiscal:
1. Alysson Chequetto
2. Murilo Foltran
3. Selvino João de Souza Junior
4. Max Leiras Prujansky
5. Juan Vianna
6. Luciano José Silva Duarte
Logo após a fundação muitas atividades foram definidas, entre elas o registro oficial e formal da associação, a criação do logotipo e um encontro que a princípio seria realizado em Julho em Blumenau(capital nacional da cerveja).
domingo, 6 de julho de 2008
Jaguara Ale
Foto da Jaguara no início da fervura.
A cor realmente ficou especial. Somente malte Pilsen.
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Aniversário da Lei da Pureza
A Reinheitsgebot (lei da pureza da cerveja) foi uma lei promulgada pelo Duque Guilherme IV da Baviera, em 23 de Abril de 1516. A Lei da Pureza da Cerveja instituiu que a cerveja deveria ser fabricada apenas com os seguintes ingredientes: água, malte de cevada e lúpulo (a levedura de cerveja não era conhecida à época).Ele constitui um dos mais antigos decretos alimentares da Europa.
A lei em português:"Proclamamos com este decreto, por Autoridade de nossa Província, que no Ducado da Baviera, bem como no país, nas cidades e nos mercados, as seguintes regras se aplicam à venda da cerveja:De Michaelmas a Georgi, o preço para um Litro ou um Copo, não pode exceder o valor de Munique do pfennig.De Georgi a Michaelmas, o Litro não será vendido por mais de dois pfennig do mesmo valor, e o Copo não mais de três Heller (Heller geralmente é meio pfennig).Se isto não for cumprido, a punição indicada abaixo será administrada.Se todo cervejeiro tiver outra cerveja, que não a cerveja do verão, não deve vendê-la por mais de um pfennig por Litro.Além disso, nós desejamos enfatizar que no futuro em todas as cidades, nos mercados e no país, os únicos ingredientes usados para fabricação da cerveja devem ser cevada, malte e água.Qualquer um que negligenciar, desrespeitar ou transgredir estas determinações, será punido pelas autoridades da corte que confiscarão tais barris de cerveja, sem falha.Se, entretanto, um comerciante no país, na cidade ou nos mercados comprar dois ou três barris da cerveja (que contém 60 litros) para revendê-los ao vendedor comum, apenas para este será permitido acrescentar mais um Heller por Copo, do que o mencionado acima. Além disso, deverá acrecentar um imposto e aumentos subseqüentes ao preço da cevada (considerando também que os tempos da colheita diferem, devido à localização das plantações).NÓS, o Ducado da Baviera, teremos o direito de fazer apreensões para o bem de todos os interessados."
Guilherme IV Duque da Baviera